No post "Siga seu coelho" que publiquei em Maio expus meu pensamento de que todos somos malucos.
Iniciei o post com a frase de Caetano Veloso "De perto ninguém é normal". Aliás, neste dia coloquei que não gosto de Caetano, isso mudou. Hoje gosto dele, acho que o tempo lhe fez bem. Talvez tenha feito bem também a mim e a minha percepção do mundo, mas nada disso é o ponto.
Eu não fui a primeira a falar algo sobre a loucura, e a única razão deste post é compartilhar um poema de Fernando Pessoa sobre a temática, destacando aquela que, para mim, é a parte mais interessante.
D. SEBASTIÃO
Rei de Portugal
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
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